A Eva é uma estudante de 18 anos que adora arte e música. Terminou recentemente o ensino secundário e está à procura de um curso online que se adapte ao seu autismo.
A Eva aprendeu a ser autónoma e a comunicar bem.
Faz regularmente sessões de terapia sensorial que a ajudam a regular as sobrecargas sensoriais.
A autonomia de Eva
Os pais de Eva ficaram a saber do seu autismo quando ela tinha 3 anos. Até os 10 anos, frequentou instituições especiais, como um jardim de infância e uma escola para crianças com necessidades especiais, onde os professores a ajudaram nos seus desafios sociais e de comunicação.
A Eva tenta ser autónoma e independente, faz questão de estudar sozinha e consegue fazer suas próprias compras online. Evita a televisão porque os estímulos podem desencadear ataques. Então, normalmente opta por ler as notícias e ouvir música no seu portátil. Os sites que ela visita são sempre os mesmos e completa as suas tarefas por uma ordem específica, sempre. “Foi difícil encontrar sites nos quais eu pudesse navegar sem perder o foco ou ficar sobrecarregada com todas as cores, anúncios, vídeos e mensagens pop-up no ecrã.”
Ao estudar online
Agora que a Eva terminou o ensino secundário, decidiu matricular-se num curso de arte online. “Prefiro interagir com outras pessoas através de plataformas digitais onde a comunicação é mais regulada e previsível. Quando contei ao meu pai que queria estudar arte online, ele ajudou-me a escolher entre as várias escolas. Era importante para mim que o site estivesse bem desenhado e fosse fácil de usar.
Tenho dificuldades quando há muita informação visual e a minha capacidade de leitura fica afetada pela minha incapacidade de foco. Muitos sites, quando os abrimos, começam logo a reproduzir vídeos ou muitos anúncios animados e, por isso, é difícil para mim concentrar-me e encontrar as informações certas. Perco-me facilmente e isso afeta-me muito, porque preciso de saber exatamente onde estou e para onde vou. Além disso, às vezes distraio-me com outra coisa no ecrã e acabo por não fazer o que precisava.”
Felizmente, encontrei uma escola de arte onde isto não é um problema, porque eles têm um software onde os alunos com autismo podem esconder tudo o que aparece no ecrã, exceto o texto, para que não percamos o foco ou fiquemos em sobrecarga sensorial. A plataforma também foi cuidadosamente projetada com cores creme e pastel, o que ajuda a reduzir os gatilhos visuais, todas as aulas estão escritas em linguagem humana simples, bem como separadas por grandes títulos, subtítulos e marcadores. É muito fácil de seguir e navegar.
O autismo não deve ser motivo de exclusão ou de dependência dos outros, nem deve impedir quem se encontre no espectro do autismo de seguir uma carreira profissional ou mesmo de constituir família.
Um olhar mais profundo
Conteúdo externo em inglês
It is estimated that worldwide about one in 100 children has autism. This estimate represents an average figure, and reported prevalence varies substantially across studies.
Some well-controlled studies have, however, reported figures that are substantially higher. The prevalence of autism in many low- and middle-income countries is unknown.
The abilities and needs of autistic people vary and can evolve over time.
While some people with autism can live independently, others have severe disabilities and require life-long care and support.
People with autism require accessible health services for general health-care needs like the rest of the population, including promotive and preventive services and treatment of acute and chronic illness. Nevertheless, autistic people have higher rates of unmet health-care needs compared with the general population. They are also more vulnerable during humanitarian emergencies.
A common barrier is created by health-care providers’ inadequate knowledge and understanding of autism. Care for people with autism needs to be accompanied by actions at community and societal levels for greater accessibility, inclusivity and support.
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